sábado, 17 de outubro de 2009

Tártaro em cães



O que é o tártaro?
O cálculo dentário, também chamado tártaro, é um dos sintomas da doença periodontal. Ela inicia-se com o acúmulo de placa, onde as bactérias vão se organizando e produzindo toxinas irritantes que causam gengivite. Como o animal não escova os dentes, essa placa vai se acumulando e calcificando, formando o tártaro.

Quais são as conseqüências?
Com o calcificação dessa placa, mais bactérias se aderem e começam a afetar os tecidos de suporte do dente, como o osso alveolar. Além de o animal correr o risco de perder esses dentes afetados pela doença periodontal, o local da lesão serve como fonte de contaminação para o organismo, podendo atingir órgãos vitais como coração, fígado e rins.



Gengivite (inflamação na gengiva) e cálculo

O que se pode fazer?
A doença periodontal não tem cura, mas pode ser controlada. O primeiro passo após a instalação da doença é o tratamento periodontal, que é diferente de uma simples "limpeza de tártaro". Qual é a diferença? A limpeza de tártaro é feita com o animal acordado ou sedado, é muito mais rápida, mas é insuficiente. O principal problema na doença periodontal é a parte do dente que fica "escondida" pela gengiva, local que só se consegue acessar com o animal sob efeito de anestesia geral.


Bactérias modem migrar para orgãos vitais
Foto: Odontovet©

O que é o tratamento periodontal?
Para se realizar um tratamento realmente eficiente, o animal deve ser submetido à anestesia geral. A partir desse momento, os dentes são examinados um a um e são realizadas radiografias intra-orais para avaliar a parte óssea. O cálculo é removido com um aparelho de ultra-som (tanto acima quanto abaixo da gengiva) e, muitas vezes, é necessário fazer outros procedimentos, como aplainamento radicular, extrações e até mesmo retalho gengival. Após a raspagem, os dentes são polidos com motor de baixa rotação, utilizando uma pasta especial. Esse procedimento deixa os dentes mais lisos, diminuindo o acúmulo de placa.


Aplainamento radicular
Foto: LOC-FMVZ/USP©

E os riscos anestésicos?
Essa é a pergunta mais freqüente dos proprietários. Hoje em dia, com os recursos disponíveis, os riscos anestésicos são muito pequenos. O animal é entubado e recebe anestesia inalatória, com drogas que oferecem grande segurança. Além disso, durante todo o procedimento são monitoradas as funções vitais do animal, como pressão arterial e freqüência cardíaca e respiratória, como em um centro cirúrgico humano.


Aparelhos usados para
monitoração das funções vitais
Foto: Odontovet©

É possível prevenir?
Estão disponíveis no mercado ossinhos artificiais, biscoitos e até rações especiais que ajudam a prevenir o acúmulo de placa bacteriana, porém, o melhor método é a escovação dos dentes. Existem dentifrícios de uso veterinário com sabores (carne, frango e outros) que facilitam o condicionamento dos animais. Além disso, são recomendadas visitas anuais a um veterinário especializado em odontologia para a realização de profilaxias.


Antes do tratamento periodontal
Foto: LOC-FMVZ/USP©


Depois do tratamento periodontal

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