quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Peritonite Infecciosa Felina
PIF
Quem conhece a doença ou já perdeu seu gatinho por causa dela sabe que é grave, rápida e, na maioria das vezes, mortal. A PIF [Peritonite Infecciosa Felina] é uma doença que, como o nome induz, acomete os gatos e não é transmissível para outras espécies. Além disso, a PIF não é uma zoonose, ou seja, não é uma doença de animais transmissível ao homem.
A transmissão se dá quando o gato entra em contato com o coronavírus. Apesar de ser um vírus comum e simples, alguns gatos não conseguem fazer uma resposta imunitária e desenvolvem a PIF. Segundo a Dra. Angélica Lang Klaussner, veterinária voluntária do AUG, existem muitos estudos para detectar as dificuldades de alguns gatos para responderem ao vírus, mas muitas questões ainda estão sendo investigadas.
Ao entrar em contato com o coronavírus, os gatos sofrem uma vasculite (inflamação de vasos sanguíneos). Os sintomas variam de acordo com o local em que ocorre a vasculite muito severa. “Dependendo do órgão agredido, o animal apresenta um sintoma diferente, mas existem ainda sintomas muito peculiares da doença como alteração em íris (mudança na coloração dos olhos), convulsões, acúmulo de líquido em pleura e/ou abdominal, entre outros”, explica Angélica.
O diagnóstico é feito por exames clínicos: além de uma boa avaliação física, deve-se pesquisar possíveis alterações nos exames de sangue, algumas sendo específicas da doença e outras mais genéricas. Hoje em dia está disponível no mercado um exame sorológico para PIF. Este exame, entretanto, detecta a produção de anticorpos ao coronavírus e não a detecção do vírus em si, como ocorre na FIV/FELV.
Desta maneira, somente o resultado desse exame não é conclusivo para o diagnóstico de PIF. “É importante sempre ter a orientação de um veterinário para que ele possa fazer a junção do quadro clínico, sintomas, exames de sangue e demais alterações de comportamento. De fato, esta é uma das doenças de mais difícil diagnóstico”, conta Angélica.
O tratamento da PIF é sempre de acordo com o órgão afetado. O ideal é isolar o animal do convívio com outros gatos neste período, pois o vírus pode ser eliminado pela urina, fezes, secreções e sangue. Como cada gato tem a sua resposta ao coronavírus, não existe a possibilidade de avaliar qual animal pode ou não ter a reação imunitária e desenvolver a PIF.
Como não existe vacina para essa doença, a maneira mais eficaz de evitá-la é diminuir a possibilidade de contato não permitindo que seus gatos tenham acesso à rua e nem contato imediato com animais recém-resgatados. Por isso, na ONG fazemos quarentena dos gatinhos até que qualquer suspeita seja afastada.
Essa doença, infelizmente, é a maior causa de morte entre os felinos. Por isso é tão importante que toda e qualquer mudança de comportamento seja observada pelo proprietário do animal e avisada ao veterinário.
De qualquer maneira, não há necessidade de desespero. A Dra. Angélica mesmo tem uma gatinha portadora de PIF, a Bella. Ela tem mais de 4 anos e vive super bem. É filha felina única e muito lindinha. Seus exames sempre apresentam alterações, mas ela nunca apresentou nenhum sintoma. O importante nestes casos é sempre oferecer um ambiente calmo e tranquilo para que o animal não estresse e desenvolva a doença. Olha só que fofa!
Texto retirado do http://adoteumgatinho2.zip.net/
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