segunda-feira, 26 de julho de 2010

Cães com focinho curto tem mais chance de morrerem em vôo



Desde que as companhias aéreas norte-americanas foram obrigadas, em 2005, a divulgar informações sobre óbitos de animais durante voos, já foram notificadas 122 mortes de cães nos últimos cinco anos. Todos os cães que morreram estavam sendo transportados como carga.

Observou-se no relatório divulgado, que os cães de focinho curto eram os que contabilizavam o maior número de mortos. Os buldogues ingleses representaram o maior número único de mortes (25). Em seguida, foram os pugs, com 11 mortes. Depois disso, foram golden retrievers e labradores, com 7 cada, seguidos de buldogues franceses (06) e American Staffordshire Terrier, com quatro mortes relatadas. Boxers, Cocker, Lulu da Pomerânia e Pequinês representavam duas mortes cada.

Segundo o cinófilo Eduardo Freire, superintendente da SOBRACI (Sociedade Brasileira de Cinofilia), os ossos da face e do nariz dos cães com focinho achatado são mais curtos. As narinas são muitas vezes mais estreitas e o palato é, normalmente, mais longo. Todas estas alterações estruturais fazem com que o animal tenha maior dificuldade para respirar.

No Brasil, a empresa aérea Gol não está permitindo embarque de cães da raça buldogue inglês em todo o país. Segundo a companhia, o motivo do cancelamento é decorrente da raça ter o focinho curto e a respiração ofegante, o que seria prejudicial nos voos.

Depoimento do proprietário de um Buldogue

Sonny Seiler de Savannah, era dono do mascote da Universidade de Geórgia, um Buldogue Inglês chamado Uga, falecido em 2008 com 10 anos de idade.
Seiler, informa que antes de cada embarque aéreo de Uga, o cão fazia um procedimento veterinário para ampliar as vias aéreas e, com isso, eliminar muitos dos problemas com a respiração.
Seiler disse ainda que o procedimento veterinário leva cerca de meia hora e, provavelmente, não seria tão caro para os proprietários de Buldogues Ingleses, especialmente se eles podem pagar um alto valor por um exemplar da raça.

Fonte: Portal da Cinofilia

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