sexta-feira, 23 de julho de 2010

Babesiose canina



Babesiose canina

A babesiose canina está presente em todo o Brasil e é de grande importância na clínica médica veterinária, por ser umas das principais doenças que acometem os cães. Ocasionalmente também pode acometer os gatos e ser transmitida para o homem.

Essa doença, juntamente com a erliquiose canina, é conhecida como “doença do carrapato”, pois a principal forma de transmissão é a picada do carrapato Rhipicephalus sanguineus.

O que é a babesiose canina?

A babesiose canina é causada por protozoários do gênero Babesia. A principal espécie relatada no Brasil é a Babesia canis, que parasita as hemácias dos cães e por isso é conhecida como hemoparasita, causando muitas vezes uma anemia severa. A Babesia canis provoca uma intensa reação no organismo do animal, que leva a anemia severa e diminuição do número de plaquetas, causando ainda alterações nos rins e fígado, que podem ser observadas pelos exames bioquímicos séricos das enzimas renais e hepáticas.

Como é transmitida a doença?

O carrapato (Rhipicephalus sanguineus) se infecta ao picar um cão infectado por Babesia canis e, ao picar outro cão, transmite a babesiose. A transfusão sanguínea pode ser uma forma de transmissão da doença, por isso é muito importante realizar exames laboratoriais nos cães doadores, para verificar o seu estado de saúde.

Quais os sinais clínicos?

Os sinais clínicos dos animais com babesiose no Brasil são muito diversos, mas a maioria dos cães apresenta apatia, anemia, febre, anorexia, perda de peso e mucosas pálidas.
Ainda podem ocorrer hemorragias e não podemos descartar a possibilidade de o animal possuir ao mesmo tempo uma infecção por Ehrlichia canis.
Cães de qualquer raça, sexo ou idade podem ser acometidos pela babesiose e, dependendo da gravidade da doença, poderá levar a morte do animal.

Como é feito o diagnóstico?

Os sinais clínicos da babesiose são muito comuns em diversas doenças, então qualquer alteração observada no animal serve como aviso para os proprietários de que algo de errado está ocorrendo e ele deve procurar um médico veterinário.
Existem exames simples e baratos que podem diagnosticar a babesiose. A realização de um hemograma completo e pesquisa de hemoparasita em esfregaço sanguíneo de borda de orelha podem identificar o parasita.
Contudo, nem sempre é possível visualizar o parasita no sangue circulante, o que dificulta o diagnóstico e o tratamento. Atualmente existem métodos de diagnóstico molecular, como a reação em cadeia da polimerase (PCR), que apresenta resultados muito precisos e confiáveis, que são capazes de detectar até mesmo pequenas quantidades de DNA no sangue do animal.
A PCR é uma ferramenta inovadora e com alta precisão de diagnóstico. O resultado da PCR auxilia o médico veterinário no diagnóstico correto e na escolha do melhor tratamento para o animal.

Como tratar a doença?

O tratamento mais utilizado para a babesiose canina é o dipropionato de imidocarb, contudo, deve-se ter cautela no seu uso e sua administração deve ser realizada apenas por médicos veterinários, pois, apesar de ser muito eficaz na eliminação do protozoário do organismo, este medicamento atinge o sistema imunológico do cão e, se não for utilizado da forma correta, pode deixar o animal mais suscetível a infecção.

Como evitar a babesiose?

Como o principal transmissor da babesiose é o carrapato, evitar sua infestação é a melhor forma de prevenção.
Carrapaticidas comerciais ajudam muito na prevenção da doença, mas é válido lembrar que estes produtos devem ser utilizados sob recomendação do médico veterinário.
Não podemos esquecer de controlar os carrapatos no ambiente em que o animal habita, principalmente gramas e terrenos, que são lugares propícios a sua proliferação.
O controle dos carrapatos é extremamente importante, pois um animal pode ser reinfectado, caso seja novamente picado por um carrapato contaminado, e assim desenvolver a babesiose canina novamente.


Texto extraído do site (www.animaisdecompanhia.com.br)

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